Oswald de Andrade (José Oswald de Souza Andrade), filho único de José Oswald Nogueira de Andrade e Inês Henriqueta Inglês de Sousa Andrade, nasceu no dia 11 de janeiro de 1890.
Entre outros acontecimentos importantes da sua vida, organizou a Semana de Arte Moderna de 1922 que foi realizada em São Paulo no Teatro Municipal nos dias 11 a 18 de fevereiro com o principal propósito de transformar, renovar o contexto cultural e artístico urbano, influenciando a literatura, as artes plásticas, a arquitetura e a música, juntamente com a pintora Anita Malfatti, Mario de Andrade e outros intelectuais.
Oswald ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco em São Paulo em 1909 e se formou em 1919 quando foi orador de sua turma. Em 1912, viajou para Paris, onde, conviveu com a boemia estudantil e entrou em contato com o futurismo Seus primeiros trabalhos foram publicados em um seminário paulista de crítica e humor fundado por ele e chamado de 'O Pirralho'.
Um fato sempre contado nas biografias de Oswald, foi que defendeu a pintora Anita Malfatti das críticas violentas que sofreu de Monteiro Lobato sobre seus quadros. Lobato em edição vespertina de 20 de dezembro de 1917 no jornal O Estado de São Paulo, com o artigo intitulado A Propósito da Exposição de Malfatti causou grande repercussão na mostra da pintura, chegando ao ponto de quadros comprados serem devolvidos após a circulação do texto. A crítica provocou um efeito tão devastador em Anita que a pintora se retirou da cena artística por dois anos. Ao que parece, nos acontecimentos da época, Lobato que era um Nacionalista convicto que tecia críticas violentas à Arte Moderna.
Oswald, por seu espírito irreverente e combativo ficou sendo o mais conhecido escritor do modernismo, sendo sua atuação considerada fundamental na cultura brasileira na primeira metade do século 20. Publicou "Os Condenados" e "Memórias de João Miramar" e em 1924, iniciou o movimento Pau-Brasil, juntando o nacionalismo às ideias estéticas da Semana de 22. Como Mário de Andrade em "Macunaíma" (1928) e Raul Bopp em "Cobra Norato" (1931), escreveu o "Manifesto Antropofágico", em que propôs que o Brasil devorasse a cultura estrangeira e criasse uma cultura revolucionária própria. Além de poemas, escreveu romances como "Serafim Ponte Grande" (1933) e as peças "O Homem e o Cavalo" (1934) e "O Rei da Vela" (1937).
Em 1939 prestou concurso para a cadeira de literatura brasileira na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da USP com a tese "A Arcádia e a Inconfidência" e, em 1945, obteve o título de livre-docente.
Sua poesia seria precursora de dois movimentos distintos que marcariam a cultura brasileira na década de 1960: o concretismo e o tropicalismo. Oswald de Andrade morreu no dia 20 de outubro de 1954 com a idade de 64 anos.
Isto é um pedacinho da história da vida de um brasileiro que nasceu no mês de Janeiro. Se ficou curioso, leia e pesquise mais sobre a vida de Oswald de Andrade, não há limite para o conhecimento.